Apresentação


O PirenópolisDoc – Festival de Cinema Documentário, apelidado carinhosamente de PiriDoc, nasceu em 2015, motivado pelo desejo de sua criadora e diretora artística, Fabiana Assis, de movimentar em Goiás um pólo para a difusão e reflexão acerca do cinema documentário produzido no Brasil, em Goiás e no mundo. 

Para isso, o festival oferece programação gratuita que contempla a exibição de filmes em mostras competitivas nacional e goiana, sessões especiais, debates, cursos de formação na área, laboratório de montagem de filmes e lançamentos literários, entre outras atividades gratuitas disponíveis para todo o tipo de público.

A escolha de Pirenópolis como cidade sede do evento não é casual. Ao contrário, houve carinho e dedicação nessa eleição, já que a cidade está presente de forma viva no imaginário afetivo dos goianos. Além disso, Pirenópolis, ou simplesmente Piri, guarda algumas joias a serem descobertas por quem se propõe a tal feito. Entre elas estão suas suas exuberantes e cristalinas mais de 80 cachoeiras e seu rico patrimônio histórico arquitetônico, que abriga uma das maiores de suas preciosidades: o lendário Cine Pireneus, construído em 1919, pelo padre Santiago Uchôa, inicialmente como teatro, sendo transformado em cinema em 1936, com uma nova fachada em estilo Art-déco, preservada até hoje.

Depois de um um incêndio, nos anos de 1980, o cinema ficou praticamente destruído e se manteve fechado por cerca de 30 anos, até ser restaurado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1999. O Cine Pireneus é um dos poucos cinemas de rua que restam em Goiás, e para nós isso tem um enorme valor. 

Já passaram pelo festival nomes essenciais do cinema nacional, como Helena Solberg, Vladimir Carvalho, Eduardo Escorel, Jorge Bondanzky, entre outros. Importantes parcerias também foram firmadas com instituições nacionais e internacionais para a realização de seminários e mostras especiais de cinema, como a mostra do realizador chileno Patrício Guzmán, um dos nossos faróis. 

Depois de um hiato de quase 4 anos, ocasionado pela interrupção das políticas públicas de fomento à cultura promovido pelo velho governo e, depois, pela pandemia do coronavírus, o PirenópolisDoc chega à sua 5a edição, com organização mais motivada do que nunca. Essa é uma edição importante, que marca o retorno do PiriDoc e que carrega o sentimento da possibilidade de recomeços.  Mais ainda, é uma edição que nos mostra que, tal como as águas de uma cachoeira, seguimos o nosso fluxo. Afinal, como nos lembra Humberto Mauro, “cinema é cachoeira”.

 

 

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